sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Uma pequena historia que li, e achei linda... precisava dividir, nesse meu retorno...

Ele era um garoto pobre, de pouca inteligência, num ambiente pouco estimulante, onde só lhe puseram boa música pra ouvir, e beijos doces pra receber, pelas bochechas... A magreza doentia, não lhe permitia segurar as calças corretamente na cintura.

Calças frouxas...

Mas o azar existe pras tragédias como a sorte pro conforto.
Quando descobriu a dureza da vida, foi amparado, mas logo o amparo e os beijos doces foram levados pela mão da morte, que vestia preto...

Morte sorridente, divertindo-se...

Ficou na escuridão da noite de primavera somente o sorriso da morte, brilhante... e a escuridão daquela noite durou várias outras estações, cruzou invernos, infernos e verões... completou 20 primaveras...

Toda a poesia e a inocência se perderam em pratos fartos de pecado, sangue e arrependimentos...

Quando respirar tornou-se pesado, a vida sorriu-lhe, com tarde ensolarada... como fosse pra até o fim da vida... a tarde vinha com as chances de aprender, adquirir, evoluir e não entregar … o entendimento é realmente fascinante, muito maior do que a ignorância...

E os sonhos foram todos se construindo até esbarrar na felicidade vestida de carne, cantarolando qualquer banda de seattle, ou algum circo voador...

Por fim, vieram-lhe os cães, as chances, e a redenção... e numa dessas noites, foi jantar com os poderosos, e vestida uma gravata barata, feita a mão pela humilde mãe....e nesta noite singular, voltou pra casa com um sorriso de compensação e agradecimento... e lá chegando, encontrou a pessoa mais nobre e importante... a esposa, deitada a esperar-lhe...

Nessa noite, pensou sem se incomodar, que riria da cara da morte, mas não lhe estenderia a mão....